VISITANDO A EUROPA DURANTE A COPA - PARTE 1

VISITANDO A EUROPA DURANTE A COPA - PARTE 1 – PORTUGAL

Embarcamos no Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos dia 13 de junho, no voo Iberia - 6824, das 15h05. Tudo muito bom, poltronas confortáveis com um detalhe: apenas a distância enorme e a viagem cansativa. Desembarcamos no Aeropuerto Internacional de Madrid – Barajas no dia seguinte bem cedo. Esse aeroporto é gigante, precisamos pegar um trem pra irmos de um terminal ao outro. Após passarmos pela imigração demorada, embarcamos para Portugal, no voo Iberia – 3108, das 8h50. Chegamos rapidamente ao Aeroporto de Lisboa/Portugal, onde o receptivo nos esperava e nos levou ao Hotel Marriot (Av. dos Combatentes, 1600-042, Lisboa).

ESCALA EM MADRI

BANDEIRA DE PORTUGAL

HOTEL MARRIOT

MAPA DE LISBOA

Chegamos ao hotel bem antes de nosso check-in, (por isso deixamos nossas malas num quartinho do hotel) e já fomos caminhar. Aos poucos, iniciamos nossa adaptação aos euros, sentindo como nosso dinheiro vale pouquinho...

Visitamos o Zoológico de Lisboa, que era próximo ao hotel, chegamos nele caminhando. O parque é muito interessante, com um teleférico que permite ao visitante observar todos os animais de cima; foi muito legal passar por cima dos recintos dos felinos e grandes animais... Um zoológico diferente... Também valeu o ingresso, pois assistimos um show de golfinhos e leões marinhos, num tanque enorme, junto com os seus “treinadores”, que tinham total conexão com os animais, pareciam amar o que faziam; e os animais estavam bem tratados e tranquilos! Muito interessante mesmo esse zoológico!

ESSE FILHOTE DE RINOCERONTE BRANCO ME ENCANTOU

Aproveitamos muito bem nossa estadia em Lisboa, epicentro dos descobrimentos desde o século XV, com muitos monumentos referentes a isso. Descobrimos um bilhete de transporte diário muito econômico e “desbravamos” a cidade, visitando o Oceanário de Lisboa, também muito original com um tanque enorme circular bem no centro e outros aquários menores ao redor... Lindo e relaxante... Além de tudo, é o maior aquário da Europa, com representações dos principais habitats das costas dos Oceanos Ártico, Índico, Pacífico e Atlântico...

Passeamos na Telecabine só pra vermos o Rio Tejo por cima, lindo também...

Visitamos o belíssimo Museu Nacional do Azulejo, próximo às margens do rio Tejo. O local mostra toda a história do azulejo em Portugal desde trabalhos do século XV até a contemporaneidade e foi instalado no antigo Convento da Madre de Deus.

No centro de Lisboa comemos uma bacalhoada portuguesa excelente que me lembrou meu tio português querido. Fiquei nostálgica.

Subimos do Chiado o Elevador de Santa Justa até o Largo do Carmo para tomarmos um cafezinho do Café ‘A Brasileira’, aquele frequentado pelo Fernando Pessoa, de quem sou fã... Fiquei tão emocionada que nem vi a escultura do poeta na frente do café. O cafezinho espresso deles era bom. Andamos de bonde até o Mirante de Santa Luzia e o famoso bairro de Alfama, onde comemos pastéis de Belém ao som de um fado português ao vivo, isso no ‘Pastel do Fado’.

Sobre Lisboa, Fernando Pessoa escreveu: “Para o viajante que chega por mar, Lisboa, vista assim de longe, ergue-se como uma bela visão de sonho, sobressaindo contra o azul vivo do céu, que o sol anima.”

E especialmente sobre o rio Tejo, ele foi além: “Pelo Tejo vai-se para o Mundo/Para além do Tejo há a América/E a fortuna daqueles que a encontram./Ninguém nunca pensou no que há para além/Do rio da minha aldeia.”

Posso afirmar que em Lisboa sofri discriminação por ser brasileira. Jamais imaginei passar por isso em Portugal... Mas, no metrô certo dia, uma mulher vendo nosso grupo se aproximou de mim e me perguntou em bom português se éramos brasileiras; eu disse que sim e ela começou a falar um monte de coisas estranhas, que os brasileiros eram da colônia, e por isso eram deficientes mentais, e que isso era comprovado cientificamente, e me olhava de um jeito estranho... Num primeiro momento eu não acreditei que estava ouvindo aquilo, fiquei "abestalhada"... As meninas não estavam acompanhando a "conversa" e me chamaram para pegarmos o metrô... Eu só consegui dizer àquela mulher esquisita que ela estava enganada sobre nós brasileiros... Cada coisa que me aparece...

Continuamos nosso passeio com o grupo de excursão da Europamundo, para visitarmos os locais que não havíamos ido ainda... Lisboa tem muitos atrativos e nós tínhamos pouco tempo na cidade, então precisamos nos planejar... Estratégia turística nossa! Durante o city tour, observamos a Torre de Belém, no Rio Tejo. Essa torre, na verdade um forte muito elegante, é decorada em estilo manuelino. Também observamos o Monastério dos Jerônimos, conhecemos um pouco do artesanato português e suas praças belíssimas...

ESCULTURA "MATERNIDADE", DE BOTERO

MONASTÉRIO DOS JERÔNIMOS

TORRE DE BELÉM

RIO TEJO

Depois desse city tour inicial, pegamos um trem metropolitano e fomos até a Vila de Sintra, onde visitamos os jardins e o Palácio da Pena, um espetáculo da arquitetura manuelina e mourisca, considerado uma das sete maravilhas de Portugal. No retorno passamos por Cascais para observarmos suas paisagens. Ficamos cansadas, sim... E o passeio só estava começando...

PALÁCIO DA PENA

Com a excursão, passamos pela cidade católica de Fátima, ao viajarmos para a Espanha em um micro-ônibus desconfortável... A cidade estava vazia, pra nossa sorte, pois aproveitamos para fazermos nossos agradecimentos com tranquilidade. A paz é muito grande no local onde Nossa Senhora apareceu aos pastores mirins e lhes fez revelações sobre acontecimentos do mundo. Uma delícia Portugal! Não imaginei que fosse tão bom... E tem também a melhor comida deste roteiro... Além de ser muito tranquilo estar na Europa e continuar falando português.

AZINHEIRA GRANDE

Nos despedimos de Portugal, almoçando em Marvão, uma comida estranha, ‘carne de porco preto’, com gosto muito forte, só experimentei... Comi só as batatas, a sopa e a sobremesa, nem tão boa... Subimos ao Castelo de Marvão, em estilo mouro, bem medieval... Desde o período romano os rochedos de Marvão são usados como refúgio ou ponto estratégico militar. A “Mui nobre e sempre leal Vila de Marvão” (título concedido pela rainha D. Maria II), situa-se no topo da Serra do Sapoio a 860 metros de altitude.