LONDRES - A CLÁSSICA E SOFISTICADA CASA DO CHARMOSO SOTAQUE BRITÂNICO
LONDRES/INGLATERRA - LUA DE MEL NA TERRA DA RAINHA
Setembro/2011
Após terminarmos de construir e mobiliar nossa casa, eu e Alan
resolvemos marcar uma data para nosso casamento: escolhemos o dia 24 de
setembro, data bonita na minha opinião, primavera, estação que amo; além disso,
meus pais também se casaram em setembro, tornando esse mês mais bonito. Para
aproveitar nossos oito dias de licença gala, combinamos uma viagem bem
elaborada - Alan escolheu o roteiro: ‘Londres e Paris’, lugares que eu achava
impossíveis de visitar até ver a possibilidade de pagar passagens e hotéis em
várias parcelas... Assim fizemos, e como não tínhamos segurança com o inglês e
não sabíamos nada de francês, fechamos um pacote com aéreo, hotéis, transfer e
alguns passeios com a CVC – que facilita muito o parcelamento das viagens. Tiramos
nossos passaportes, ao longo dos meses fomos trocando reais por libras
esterlinas e euros, pesquisamos nossos destinos para economizar... E... Que
medo de ir pra tão longe... Eu já tinha saído do Brasil, mas só pra ir ali
perto, no Uruguai, Argentina e Paraguai, e fui de ônibus. Decidimos não fazer
festa nem cerimônia religiosa (pois ambos não seguíamos fielmente nenhuma
religião), nos casamos na data combinada, somente no cartório de Diadema. Fizemos
apenas um almoço em casa para os pais, avós, irmãos e padrinhos. Foi muito bom,
minha linda mãezinha fez uma comidinha maravilhosa e a minha madrinha amada fez
um bolo tão lindo que o almoço virou, pra mim, uma festa.
Embarcamos dia 25 de setembro no Aeroporto de Guarulhos (o
embarque no portão internacional foi algo novo pra gente). O vôo internacional
é demorado, cerca de doze horas, com duas refeições incluídas, a distância
entre as poltronas é pequena, não dá pra dormir direito, mas o que vale é a
aventura. Poucas horas antes do pouso, o avião foi dedetizado com um spray de
cheiro estranho, normas da Inglaterra para países tropicais...
Ao chegarmos em Londres, capital do famoso Reino Unido e da Inglaterra,
dia 26 de setembro, no ‘Aeroporto Heathrow – London Heathrow Airport’,
andamos bastante, passamos pela imigração e já tentamos falar inglês para
justificar a visita a Londres, em seguida resgatamos as bagagens (minha mala
estava com a alça de cima quebrada/arrancada, mas deixei pra reclamar no Brasil,
para poupar meu inglês, rsrsrs...); fomos recebidos pelo guia português e
levados ao Hotel Royal National (38-51 Bedford Way, Russell Square),
no caminho, conhecemos a dona Pedrina, o Sostenes e a Shirley, uma família muito
simpática de Mairiporã, que se juntou a nós em alguns passeios, boas
companhias, eles estavam tão perdidos quanto nós no inglês. Alan e eu estávamos
loucos para conhecer London, saímos pelas ruas próximas e experimentamos de
cara um “fish and chips” local; não achei lá essas coisas. O café da
manhã do hotel era péssimo, ruim mesmo, com leite frio e café horrível, nem
dava gosto de comer, depois descobrimos que era o padrão inglês. Permanecemos
em Londres de 26 a 29 de setembro e tentamos conhecer a bela “cidade da rainha”
ao máximo. Logo em nosso primeiro contato com a cidade, já percebemos que as
pessoas são sérias, centradas e educadas.
Visitamos o ‘Museu Britânico’ – British Museum (Great Russell St, Bloomsbury, London), fundado em 1753, o maior museu do mundo e o mais antigo museu público nacional, com acervo riquíssimo contendo a história de todo o mundo (eu gostei muito das múmias expostas, mesmo não sendo as principais peças do museu e também adorei a entrada ser gratuita).
Caminhamos pelo centro histórico, onde me senti dentro de um daqueles
filmes em preto e branco, me senti parte da história. Visitamos a ‘Abadia
de Westminster’, com sua arquitetura gótica e imponente, ela é o local
tradicional de coroação e sepultamento dos monarcas ingleses, lá estão os
restos mortais de Isaac Newton, Charles Darwin e Stephen Hawking, por exemplo.
A abadia cobra taxa de visitação e não permite fotos em seu interior.
Visitamos a frente do ‘Palácio de Buckingham’ (sim, é só a frente
que os simples mortais como nós podemos visitar), e segundo alguns turistas de
plantão, Vossa Majestade não estava lá nesse dia. O palácio/casa é a residência
oficial e principal local de trabalho do Monarca do Reino Unido. A rainha
Vitória foi a primeira monarca que residiu no palácio, ela o fez após sua
subida ao trono, em 1837 e permaneceu lá até ficar viúva, em 1861, quando se
mudou para o Castelo de Windsor. No átrio do Palácio de Buckingham é realizada
a Troca da Guarda, importante cerimônia que virou atração turística, a qual não
conseguimos ver ao vivo. O palácio não é propriedade particular do monarca,
assim como o Castelo de Windsor e as suas coleções de arte, pertencem à nação. Caminhamos
pelo ‘Museu da Guarda’, ora garoava, ora não... Acho que Londres é
assim...
Fotografamos o famoso ‘Big Ben’, que é um sino localizado na torre de
96 metros de altura originalmente chamada ‘Clock Tower’, que foi renomeada como
‘Elizabeth Tower’ em 2012 para marcar o Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth
II – comemoração pelos sessenta anos de sua coroação.
Caminhamos pelas belas e melancólicas pontes sobre o ‘Rio Tâmisa’,
o ‘Parlamento Britânico’ – ou Palácio de Westminster, onde estão
instaladas as duas câmaras do Parlamento do Reino Unido, a Câmara dos Lordes e
a Câmara dos Comuns. Experimentamos o lanche de um Mac Donalds local e subimos
na ‘London Eye’, ou Millennium Wheel, a roda gigante de observação com 32
cabines/cápsulas (representando os 32 distritos de Londres) e 135 metros de
altura, sua volta completa dura cerca de 30 minutos de onde observamos
toda a cidade, muito bonita. Esse passeio foi muito bom. Vale a pena e a fila!
Descobrimos o ‘Big Bus’ (turístico) e fotografamos
a ‘Torre de Londres’ – Palácio Fortaleza Real de Sua Majestade da Torre de
Londres, um castelo que ao longo da história, já serviu como prisão, depósito
de armas, tesouraria, sede da Real Casa da Moeda, escritório dos registros
públicos e a casa das Joias da Coroa Britânica. Caminhamos pela estilosa “Tower
Bridge” – Ponte da Torre de Londres, sobre o Rio Tâmisa, a ponte-báscula
inaugurada em 1894 é uma das mais famosas do mundo, ela emite um aviso sonoro e
o tráfego é fechado quando suas básculas são levantadas.
Andamos de metrô também mas achei suas conexões estranhas... O Metrô de
Londres, conhecido como ‘The Tube’ é o mais antigo e segundo maior sistema de
metrô do mundo... Se ficasse mais tempo em Londres, me acostumaria com o metrô
com certeza. Encontramos arroz, carne e fritas em um restaurante próximo do
hotel, onde pudemos comer bem uma comida parecida com a brasileira.
Visitamos a anglicana e datada do século XVIII ‘Catedral de St. Paul’, sede do Bispo de Londres e palco do casamento do Príncipe de Gales Charles com Lady Diana Spencer em 1981. Lá estão enterradas muitas pessoas importantes da história britânica, com Alexander Fleming, o descobridor do antibiótico penicilina.
Fizemos um passeio de barco pelo Rio Tâmisa e
foi engraçado pois não entendíamos as piadas em inglês do guia da embarcação,
os passageiros riam e nós apenas sorríamos para disfarçar... Preciso voltar a
estudar inglês!!!
Visitamos a sede do ‘Museu de Cera Madame Tussauds’ (Marylebone Rd.
Marylebone, London), com verdadeiras obras de arte imitando pessoas famosas,
gostei muito. A francesa Mary Tussauds foi governanta do dr. Philippe Curtius,
médico com talento em modelagem da cera que ensinou a arte à Marie; ela começou
a carreira modelando em cera, máscaras de vítimas da Revolução Francesa; se
mudou pra Inglaterra e fez uma mostra na Baker Street, perto do atual endereço
do museu. Seguem algumas fotos dos meus favoritos:
MUSEU DE CERA MADAME TUSSAUDS
Caminhamos pela ‘Baker Street’, passamos em frente ao ‘Museu de Sherlock Holmes’, mas ele estava fechado. Tomamos uma “big beer” no ‘London Pub’; os pubs são estabelecimentos típicos de países de influência britânica onde se vendem refeições e bebidas alcoólicas – a cerveja é a principal, o termo deriva da expressão inglesa “public house” ou local público, tem clientes chamados regulares que bebem no mesmo pub periodicamente. Compramos alguns saquinhos de chá inglês para recordação. Foram poucos dias em Londres, só pudemos sentir um gostinho desta cidade tão educada e limpa.
Samuel Johnson (o Dr. Johnson, o mais distinto homem de letras da
história da Inglaterra) disse: “Não há nenhum homem, entre os intelectuais, que
esteja disposto a deixar Londres. Não, senhor, quando um homem está cansado de
Londres, ele está cansado da vida; por isso há em Londres tudo o que a vida
pode oferecer.”
Em 29 de
setembro embarcamos, na estação St. Pancras (que também é um ponto turístico),
no trem bala Eurostar, que faz o trecho Londres – Paris em pouco mais de
duas horas, passando por baixo do Canal da Mancha, tão rápido que até
dormi no caminho... Nossa experiência na França relatarei no próximo artigo.
Londres é clássica, perfeita como fotos e filmes em preto e branco. Não
observei grandes defeitos. Pude dar mais valor ao inglês que preciso
aperfeiçoar... Você vai se sentir num filme, a personagem principal com aqueles
trajes chiques e elegantes... Sim, isso é Londres: elegância! E muita educação.
32 anos
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