PETAR – MEU RETORNO APÓS VINTE ANOS!!! - SÃO PAULO - ISSO É BRASIL!!!

                  
PETAR – NÚCLEO CABOCLOS – MISSÃO TEMIMINA
MARÇO/2019

A DESLUMBRANTE CAVERNA TEMIMINA

     Desde minha primeira visita ao Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) ensaiava um retorno... Esse lugar é incrível e merece todos os retornos possíveis! O tempo passou muito depressa e só consegui voltar depois de 20 anos, no carnaval de 2019. Fui com a Sirlene e a Léa; saímos de Diadema às 5 horas da manhã do dia 02 de março e percorremos os 360 km no carro da Sirlene. Escolhemos a ‘Pousada da Diva’ (Rod. Antônio Honório da Silva, km 13, s/n, Serra, Iporanga) para nossa hospedagem, pois eu já conhecia e queria matar a saudade...


O PERCURSO...



POUSADA DA DIVA





     Após nos acomodarmos procuramos a agência ‘Parque Aventuras’ (Rodovia Antonio Honorio da Silva SP-165, Km 13 - Bairro da Serra - do lado da pousada), com a qual reservamos nosso guia S. Ditinho.

     Seguimos com nosso guia até a portaria do Núcleo Ouro Grosso (bem pertinho dali) e visitamos a Caverna Ouro Grosso - a primeira caverna da Léa e bem desafiadora, com trechos muito molhados; pra sorte dela S. Ditinho foi maravilhoso e até a carregou no colo em alguns trechos mais “assustadores”. Atravessamos o rio subterrâneo e em alguns momentos usamos cordas fixadas nas rochas. Essa caverna é considerada um Sítio da Geodiversidade de Relevância Nacional e o nome ‘Ouro Grosso’ foi dado por garimpeiros que encontraram pepitas de ouro nos arredores.


NÚCLEO OURO GROSSO







     A visita a essa caverna é desafiadora, considerada uma das mais difíceis e radicais do parque; é preciso se contorcer desde a entrada apertada, prosseguindo pelos sobes e desces entre as paredes estreitas e galerias apertadas por onde passam as águas do rio gelado. A Caverna Ouro Grosso é ornamentada por uma diversidade de espeleotemas belíssimos com coloração amarela como se fossem revestidos em ouro, fazendo juz ao nome da caverna. A aventura termina com uma cachoeira muito gelada e forte bem no interior da terra. Um espetáculo!!! Eu soube que há outras duas lá dentro... Mas não visitamos essas... Ela tem 1100 metros de desenvolvimento e 192 metros de desnível, mas só 200 metros estão liberados para o turismo. Saímos de lá imundas e encharcadas, mas felizes por vencermos o desafio... E batizarmos a Léa...



CAVERNA OURO GROSSO





     Aproveitamos para visitar a Caverna Alambari de Baixo, que também fica no Núcleo Ouro Grosso. Eu já a conhecia há 20 anos, mas achei muito bom revê-la. O nome vem do rio que a atravessa ‘Alambari’ e é ‘de Baixo’ pois existe outra caverna na parte de cima do rio. A Alambari tem 890 metros de desenvolvimento e 32 metros de desnível. A grande dificuldade dela é atravessar os desníveis, entre os enormes blocos de rochas, e o contato com a água é constante, sendo que no final da travessia ela chega a passar o pescoço, cerca de 1,5 m de profundidade... Bem desafiadora...


CAVERNA ALAMBARI DE BAIXO


SITUAÇÃO PÓS CAVERNA... DA ESQ.: EU, SIRLENE E LEA




     Ao final do nosso primeiro dia de aventura, o dono da agência foi nos buscar em uma caminhonete para que não caminhássemos por todo o retorno da trilha. Foi ótimo, pois estávamos muito molhadas e cobertas de lama... Rsrsrs...

     À noite, jantamos a comidinha deliciosa da pousada, um dos melhores caldos de feijão que já provei nesses vinte anos, continuava maravilhoso!

     Em nosso segundo dia, S. Ditinho nos levou para cumprirmos a missão desse passeio: chegar até a Caverna Temimina e fazer a travessia. Essa caverna fica no Núcleo Caboclos, na divisa entre Apiaí e Iporanga, distante cerca de 75 km do Núcleo Santana. Segundo nosso guia a trilha até a entrada da Tememina tem 6 km. É uma trilha relativamente tranquila, somente com alguns trechos íngremes ou outros em que caminhamos na beira de um paredão bem interessante.


TRILHA PARA TEMIMINA











     S. Ditinho, que, além de ser uma guia muito experiente, também era vereador em Iporanga, nos levou até a claraboia lindíssima logo na entrada da caverna e nos avisou que percorreríamos a caverna toda, fazendo a ‘Temimina completa’. Adoramos!


CAVERNA TEMIMINA







     A claraboia foi formada por um dolinamento – desabamento do teto – e tem vegetação natural que forma um verdadeiro jardim; uma das cenas mais lindas que já vi em minha vida! A Temimina é minha caverna preferida, com certeza!



ESSA CLARABOIA É UM ESPETÁCULO!











     Em seguida fizemos a travessia, com o nível da água chegando no máximo no joelho, até chegarmos ao ‘chuveiro’, um espeleotema muito raro que forma uma ducha dentro da caverna. S. Ditinho iluminou a formação com a lanterna e nos proporcionou um espetáculo da natureza. Lindo demais! Caverna maravilhosa!!!












O RARO ESPELEOTEMA "CHUVEIRINHO"















     No dia seguinte, aproveitamos o Núcleo Santana, mais próximo da pousada e o mais visitado no PETAR. Não aguentei e entrei na Cachoeira do Couto antes de entrar na caverna e depois fiz o percurso na Santana toda molhada. A Caverna Santana tem passarelas, escadas e não nos obriga a nos molhar... Mas tudo bem... Nossa visita foi completa, pois nosso grupo era pequeno e nosso guia era o melhor! Ele nos contou curiosidades sobre a caverna e os espeleotemas em uma visita tranquila e contemplativa...



CACHOEIRA DO COUTO


S. DITINHO NOS GUIANDO


CAVERNA DE SANTANA




















     Ainda conseguimos visitar a Caverna do Couto, que eu ainda não conhecia. Ela tem 471 metros de desenvolvimento e 26 metros de desnível, a sua entrada é estreita, logo passamos pelo rio que a atravessa e em seguida caminhamos bastante entre diferentes tamanhos de blocos de rochas que desmoronaram ao longo do tempo. O grande destaque dessa caverna é a saída com mata preservada ao fundo formando um lindo visual.


CAVERNA DO COUTO






     Como ainda tínhamos um tempinho no núcleo, pedimos para S. Ditinho nos levar na Caverna Morro Preto, uma das mais bonitas que já havia visitado. A Léa não quis ir, estava bem cansada e ficou esperando na cabana dos guias. Então, eu e Sirlene seguimos com S. Ditinho, ele subiu a trilha bem depressa, para dar tempo de conhecer a caverna, nós controlamos o fôlego e o acompanhamos. Adorei revisitar a Morro Preto! Continua maravilhosa, claro! Que entrada divina!



ESSA ENTRADA DA MORRO PRETO É LINDÍSSIMA!




     S. Ditinho perguntou se queríamos fazer uma visita com aventura, claro que quisemos; por isso subimos em uns trechos mais íngremes, fora das escadas, passando por rochas escorregadias. Foi muito legal! Sentamos em um mirante no meio da caverna e observamos a luz de fora entrando naquele mundo subterrâneo tão peculiar e agradável! Foi mais um dia incrível no PETAR!




     Em nosso último dia no parque, aproveitamos a manhã para visitar o conjunto de ‘Cachoeiras do Sem Fim’, formado por três belas cachoeiras com 10 metros, 4 m e 11 m de altura. A propriedade particular fica no bairro da Serra e cobrava 10 reais de taxa de visitação. A trilha para as quedas d’água era bem tranquila (perto das trilhas dos dias anteriores, era facílima, rsrsrs...) e pudemos tomar vários banhos revigorantes.





CACHOEIRAS DO SEM FIM



DA ESQ.: LEA, S. DITINHO E EU








     Para visitar o PETAR e fazer as trilhas era cobrado 15 reais por dia, mas eu como professora, não pagava ingresso. Gostei do benefício!

     Após o almoço seguimos para São Paulo, dividi a direção com a Sirlene, afinal depois de tantas trilhas, ninguém merece dirigir sozinho...

     Adorei retornar a esse lugar maravilhoso. Estava com muita saudade e prometi que não demoraria mais tantos anos para voltar! Espero que volte em breve!!!

CAVERNA DE SANTANA

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