DUAS PASSADINHAS EM PERNAMBUCO - ISSO É BRASIL!!!
VISITINHA RÁPIDA A PERNAMBUCO - RECIFE, OLINDA E ITAMARACÁ
De João Pessoa, aproveitamos para emendar
algumas visitas a PERNAMBUCO (123
km), estado vizinho, com atrativos muito próximos.
Então visitamos Igarassu, que abriga, segundo o IPHAN, o templo católico mais
antigo do país: a Igreja de São Cosme e Damião.
De lá, conhecemos a Ilha de Itamaracá, onde visitamos o Centro Peixe-Boi (Centro
Nacional de Conservação e Manejo de Sirênios) criado em 1990 pelo IBAMA. Lá
pude fotografar os bichos de pertinho, eles estavam tomando água numa
torneirinha no tanque, umas graças, tão gordinhos e enormes, lindos. Também
assistimos um vídeo educativo sobre o projeto.
O peixe-boi-marinho (Trichechus manatus),
ou manati, manatim, manaí e vaca-marinha é o mamífero aquático mais ameaçado do
Brasil. Ele chega a medir até 4 metros de comprimento e é muito dócil.
Também observamos o Forte Orange,
construído em 1631 pelos holandeses e beleza arquitetônica da ilha.
Itamaracá do tupi significa “pedra que
canta”. A ilha é conhecida por ser o berço de uma das danças mais conhecidas em
Pernambuco, a ciranda – caracterizada pela formação de uma grande roda com
pessoas com mãos dadas cantando um ritmo lento e repetitivo; essa dança foi
criada pelas esposas dos pescadores, que distraiam com esses movimentos
enquanto esperavam seus maridos voltarem do mar.
Ciranda
de Lia (Lia de Itamaracá): “Eu sou Lia da beira do mar/Morena queimada do sal e
do sol/Da Ilha de Itamaracá/Quem conhece a Ilha de Itamaracá/Nas noites de Lia/Prateando
o mar/Eu me chamo Lia e vivo por lá/Cirandando a vida na beira do
mar/Cirandando a vida na beira do mar/Vejo o firmamento, vejo o mar sem fim/E a
natureza ao redor de mim/Me criei cantando/Entre o céu e o mar/Nas praias da
Ilha de Itamaracá/Nas praias da Ilha de Itamaracá. (composição Paulinho da
Viola)
Da ilha, pegamos uma lancha até a Ilhota Coroa do Avião, um importante ponto de pesquisa de aves migratórias, totalmente sem infra-estrutura para turismo, bem natural (quando usei o banheiro, saiu um caranguejo do vaso sanitário, coitado do bicho...). A ilhota tem aproximadamente 560 m de extensão e 80 m de largura, é basicamente um banco de areia (croa) coberto de vegetação e até a década de 1970, era um banco de areia que emergia apenas na maré baixa; com o acúmulo constante de sedimentos arenosos trazidos pelo mar e pelo canal de Santa Cruz a ilhota se estabilizou, a vegetação cresceu e as pessoa se estabeleceram. O local abriga a Estação de Estudos sobre Aves Migratórias e Recursos Ambientais (EARA), sob responsabilidade da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Na ilhota pousam diversas espécies de gaivotas e maçaricos migratórios e o objetivo principal da estação é estudar para conservar os recursos ambientais costeiros do estado.
Em Pernambuco, conhecemos também o centro histórico de RECIFE, as ladeiras e belezas de OLINDA (6,8 km), além de uma apresentação de frevo em plena rua.
Recife é formada por ilhas, penínsulas e
manguezais e é a mais antiga capital estadual do Brasil, surgiu como Ribeira de
Mar dos Arrecifes dos Navios em 1537. A cidade é conhecida como “Veneza
brasileira”.
Olinda foi fundada em 1535 e é a mais
antiga entre as cidades brasileiras declaradas Patrimônio Histórico e Cultural
da Humanidade pela UNESCO. Diz a lenda popular que o nome da cidade se originou
numa fala de um fidalgo português Duarte Coelho: “Oh, linda situação para se
construir uma vila!” A cidade é um dos mais importantes centros culturais do
Brasil, por seu patrimônio histórico e pelo Carnaval Recife-Olinda ao som do
frevo, maracatu e ao embalo dos seus bonecos gigantes.
Finalizamos o passeio rápido por
Pernambuco almoçando na Praia de Boa Viagem, que tinha
placas de alerta sobre ataques de tubarão e esculturas do bicho em areia. Foi
muito bom conhecer alguns pontos importantes de dois estados tão ricos
culturalmente, pretendo visitar ambos novamente.
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