AMSTERDAM HOLANDA
EUROPA CRAZY - PARTE 1
CONHECENDO A “VENEZA DO NORTE” –
AMSTERDAM - HOLANDAPAÍSES BAIXOS – AMSTERDAMJunho/2017
Um dia antes do embarque, eu deixei minha
bagagem num porta-volumes da Rodoviária do Jabaquara pois fui direto da reunião
de representantes sindicais para o aeroporto. Achei tranquilo o esquema. Fui de
metrô até a estação Carrão, de lá a nora da Rita nos levou ao aeroporto.
Chegando em Guarulhos, troquei minha roupa pra ficar mais confortável na viagem,
pois só tomaria banho no outro dia... Rsrsrs... Claro que tomamos um café da
tarde pra dar sorte; escolhemos o ‘Café Viena’ do aeroporto. Embarcamos em
Guarulhos/SP dia 26 de junho às 19h10 no vôo KLM 792. Levamos algumas frases de
emergência em holandês: Bom dia! (Goedemorgen!) Boa tarde!
(Goedenavond!) Boa noite! (Goede
nacht!) Por favor! (Astublief!) Obrigado! (Bedankt!)
Quanto custa? (Hoe veel?) Com licença (Excuus)...
Mas sem nenhuma pronúncia treinada... Rsrsrs... Sorte que pude usar o Google
quando fui pedir lençóis e colcha na recepção.
Em Amsterdam ficamos no ‘Mercure Hotel
Amsterdam City’ (Joan Muyskenweg 10.1096) próximo da estação Overamstel. Em
nosso primeiro contato com o local, pegamos o metrô até o centro, almoçamos
nossa primeira refeição internacional e visitamos o ‘Sex Museum’ ou ‘Templo de
Vênus’ (Damrak 18, 1012 LH), que foi inaugurada em 1985 e é um dos museus mais
visitados na Holanda. Nele, encontramos várias referências ao sexo como algo
natural, seus tabus e símbolos ao longo da história; achei os cintos de
castidade horríveis, fontes de infecção... Pobres mulheres da Idade Média... Em
Amsterdam, o sexo é destaque, em museus, lojas, souvenirs, sendo muito comum
encontrarmos doce e macarrão em formas penianas. Interessante! Valeu a visita,
mesmo que as meninas não estivessem muito animadas em entrar, acho que acabaram
gostando. É preciso ver a sexualidade como algo natural, sem tabus.
SEX MUSEUM
Fizemos um passeio contemplativo em um
barco pelos canais de Amsterdam, um roteiro bem tradicional, chamado ‘Cruzeiro
pelos Canais’. Por conta dos canais, cerca de 100 km, a cidade é conhecida com
Veneza do Norte. Amsterdam foi construída em volta do rio Amsted, que corta a
Holanda; o solo do local era encharcado e arenoso e precisou ser drenado para a
ocupação humana; com a retirada da água, o solo ficou compactado e a altura da
cidade foi baixando em relação ao rio e ao mar; daí a necessidade de se fazer
um projeto de desenvolvimento urbano. O sistema de canais foi feito pelo ser
humano, e tem três canais principais: ‘Herengracht’, ‘Prinsengracht’ e ‘Keizersgracht’,
que foram cavados no século XVII devido à alta imigração na região. Foi
construída uma rede de canais em forma de cinturões com as funções de criar
espaço para que a água circulasse por redes seguras até o rio Amsted, evitando
alagamentos e formando também um belo modelo arquitetônico. Conforme a
necessidade, devido ao aumento da população, os canais foram avançando. Essa
opção era mais barata do que construir ruas. Os canais de Amsterdam foram
declarados, em 2010, Patrimônio Mundial pela UNESCO. Ao final do passeio de
barco, que custou 16 euros, tomamos um café no ‘Van Gogh Café’, próximo ao
desembarque.
Amsterdam é famosa pela quantidade de
bicicletas, e realmente há muitas. Os ciclistas têm uma astúcia ao volante
impressionante, além da velocidade ao pedalar. Não me atrevi a pedalar por lá. Sei
andar de bicicleta, mas naquele trânsito de bikes, achei melhor só contemplar.
Visitamos o Museu Van Gogh, e usamos a companhia de Rita, e sua bengala, para passarmos na frente de todos da enorme fila de entrada, usamos o direito preferencial da amiga. Rsrsrs... O museu tem a maior coleção de pinturas de Vincent Van Gogh no mundo, onde podemos acompanhar a evolução do artista e comparar suas pinturas com as obras de outros artistas da mesma época. Há também muitos desenhos e cartas do pintor. O valor do ingresso era 17 euros.
MUSEU VAN GOGH
Fizemos um walking tour monitorado pelo
Red Light District, o ‘Bairro da Luz Vermelha’, conhecido pelos moradores
locais como De ‘Rosse Buurt’ (a vizinhança vermelha), mas o verdadeiro nome do
bairro, que fica bem no centro de Amsterdam, é ‘De Wallen’, local onde as
pessoas se reúnem para comemorar a liberdade. A área tem muitos restaurantes,
bares, coffeeshops, onde o consumo de maconha é livre, lojas para adultos com
itens de sexy shop, bordéis e as famosas vitrines com as prostitutas. Esse é o
centro da vida noturna da cidade. Fizemos o passeio à noite, quando as luzes
começavam e se acender. A igreja mais antiga de Amsterdam fica neste bairro, a
Oude Kerk, de 1200, era católica e se tornou protestante.
Algo muito sério neste local é a regra de
jamais fotografar a pessoa da vitrine, elas não permitem serem fotografadas ou
filmadas, estão trabalhando e não admitem essa invasão. É preciso respeitar.
Além disso, é proibido comprar qualquer coisa nas ruas. É ilegal.
As vitrines, são como portas de vidro de
uma cabine, onde as profissionais do sexo se exibem. Elas são alugadas para um
turno de 8 horas diárias por 70 a 150 euros e elas cobram entre 50 e 700 euros
por 50 minutos, segundo nosso guia. Há divisão de setores, de mulheres,
travestis e transsexuais. Organização é tudo! No final do passeio, degustamos
uma bebidinha destilada em um dos pubs do local.
Fizemos um city tour panorâmico por Amsterdam, passamos pela praça do Rijksmuseum – ‘Museu Nacional da Holanda’, e tiramos algumas fotos do letreiro gigante ‘I AMSTERDAM’. Fizemos uma visita ao ‘Diamant Museum Amsterdam’, muito chique. E passamos pela Casa Anne Frank, mas não entramos, a fila estava gigantesca, dando voltas no quarteirão. Fica pra próxima... Terminamos o City Tour no ‘Amstelpark’, que tem um moinho de drenagem, o ‘Riekermolen’, de 1636, localizado às margens do rio Amstel e vizinho de uma estátua do pintor e gravador holandês Rembrandt, homenagem aos desenhos que ele fez no local. Encontramos uma atração à parte no local: um ninho de cegonha num poste de energia bem alto.
Caminhamos pelas ruas da cidade,
fotografando e aprendendo sobre esse local tão famoso e característico.
Observei que, mesmo sendo liberado o uso de maconha, nem sempre haviam pessoas
consumindo... Claro que em alguns momentos, senti um cheiro no ar, mas nada
muito diferente do que em vários locais daqui do Brasil (onde a erva não é
legalizada). Conversei com uma das turistas durante o walking tour, e ela me
disse que no hostel que estava hospedada, várias pessoas exageraram no consumo
de maconha (inclusive até em forma de bolinho e bolacha) e passaram mal. Não
curto drogas, ilícitas nem lícitas, por isso, não me interessei em experimentar
o “baseado” holandês. Rrsrs...
Visitamos a exposição ‘Body Worlds – The
Happiness Project Amsterdam’ (Damrak 66, 1012 LM), mostrando corpos humanos de
verdade conservados por um processo chamado plastinação, que garante a
visualização perfeita de cada parte do nosso corpo, com o objetivo de ensinar
anatomia e saúde, além da interferência da boa saúde na nossa felicidade e do
humor na saúde física. O interessante é que os corpos não estão lá apenas como
objeto artístico, mas também educativo. Isso torna muito mais nobre a exibição
desses corpos que já pertenceram a seres humanos reais. Achei incrível a
técnica de conservação! Os corpos são praticamente perfeitos. O valor do
ingresso era 20 euros.
O processo de plastinação foi inventado
pelo médico alemão Gunther von Hagens na Universidade de Heidelberg em 1977;
nesse processo os corpos são preservados para pesquisa científica e educação
médica. Essa técnica, também chamada Preservação por Polímero, substitui a água
e a gordura do corpo por polímeros plásticos que dão aspecto sintético, seguidos
da modelagem e fixação do corpo. Esse trabalho pode levar meses e os corpos
utilizados são de doadores que deram seu consentimento por escrito durante a
vida para que seus corpos fossem usados para a educação de gerações futuras.
Interessante doar o corpo para esse fim!
Visitamos o ‘Museu de Cera Madame
Tussauds’, localizado na Praça Dam, fundado em 1970, foi o primeiro aberto na
Europa Continental e primeira filial estrangeira do Madame Tussauds britânico;
foi ideia de Josephine Tussauds, bisneta de Madame. O acervo de Amsterdam é
formado por figuras de cera de celebridades famosas em diversas categorias,
todas em tamanho natural, entre elas monarcas, líderes políticos, artistas,
cientistas e esportistas, além de super heróis. O prédio que abriga o museu já
é um atrativo por sua beleza clássica. O ingresso custou 21 euros. Adoramos
essa aventura. A interação com as esculturas é muito divertida!
Amsterdam é democrática, quem quer beber,
que beba, quem quer usar maconha, que use, quem procura sexo comercial,
encontra... Se vê jovens, crianças, idosos... A cidade acolhe a diversidade de
gênero. Pra cada interesse peculiar, há em Amsterdam um pedacinho pra se
encontrar. Uma cidade normal, com ideias modernas e celebração à liberdade.
Gostei!
Finalizamos nossos dias na Holanda, fazendo o
passeio a Voledan, Marken e aos moinhos de vento, que detalharei no próximo
artigo para não me estender demais nesse relato.
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