PRAGA - REPÚBLICA TCHECA
PRAGA – A CIDADE DAS CEM CÚPULAS – REPÚBLICA TCHECA
Julho/2017
Em nosso ônibus da ‘Special Tour’ cruzamos a fronteira da Alemanha com a
República Tcheca e, após uma longa viagem, chegamos ao nosso hotel, o
Occidental Praha (Na Strzi 1660/32, Praha), muito confortável com dois
ambientes no dormitório, além do banheiro, fiquei num dos ambientes sozinha e
pude aproveitar o ar condicionado (que as meninas não gostam, elas são
“friorentas” e eu sou “calorenta”, rsrsrs...); também fiquei no lado da
cafeteira e adorei, mas dividi os cafés e chás com as amigas.
A moeda da República Tcheca é a coroa checa, que equivale a mais ou
menos 0,040 de euro. Fizemos o câmbio de algumas coroas para passarmos esses
dias. As palavras que levei na memória, em tcheco: por favor (prosím),
obrigado (dík) e bom dia (dobré ráno). Uau!!!
Nossa permanência em Praga foi breve, por isso, no dia seguinte, saímos
cedo para um city tour panorâmico que passou pelos principais pontos turísticos
desta bela cidade. Muito interessante, os letreiros da cidade todos escritos em
tcheco, com pontuação e acentuação
diferente, difícil de entender...
Caminhamos pela praça da Cidade Velha, onde fica o relógio astronômico
medieval ‘Orloj’ – composto de três componentes principais: o mostrador
astronômico, uma forma mecânica do astrolábio ou planetário primitivo, com a
posição do sol e da lua no céu girando ao redor da Terra, juntamente com
detalhes celestes, a caminhada dos Apóstolos num show mecânico que acontece a
cada hora, com as figuras dos apóstolos e esculturas em movimento e um
mostrador-calendário com medalhões representando os meses ou zodíacos. Muito
interessante esse instrumento que foi construído por Mikulas de Kadan e Jan
Sindel, em 1410. Nem o Orloj escapou dos bombardeios alemães da Segunda Guerra,
por isso foi restaurado.
Em nosso tempo livre aproveitamos para visitar uma joalheria e apenas
apreciar as joias feitas com a pedra preciosa granada, um tradicional e caro,
souvenir.
Praga fica às margens do rio Vltava, é a capital da República Tcheca,
mas tem muita história... Em 1918 a Checoslováquia se tornou independente da Áustria,
mas em 1938, com o Pacto de Munique, o país foi cedido à Alemanha nazista, até
o final da Segunda Guerra, quando passou para o domínio da União Soviética. Em
1968, com a Primavera de Praga e a invasão das tropas do Pacto de Varsóvia em
1992 o país se dividiu em República Tcheca e República Eslováquia. Praga ficou
capital da Tcheca. O livro “A insustentável leveza dos ser” de Milan Kundera,
retrata a Primavera de Praga em meio ao seu enredo.
Caminhamos pelos arredores do Castelo de Praga, construído na colina
Hradcany entre os séculos XIV e XVII, foi a casa dos reis da Boêmia e hoje é
residência do presidente da república. É Patrimônio da Humanidade.
Visitamos a Catedral Gótica de São Vito, do século XIV, o local de
coroação dos reis da Boêmia, ela abriga as joias da Coroa Tcheca e os restos
mortais de grandes monarcas, como o Rei Carlos IV (homenageado com o nome da
ponte). Um destaque do local é a Capela de São Wenceslau, padroeiro da
República Tcheca, ela tem milhares de pedras preciosas nas paredes. Lá também
estão guardadas as relíquias dos santos São Vito e São Nepomuceno.
No exterior da catedral está o Portão Dourado, fachada cerimonial
encomendada por Carlos IV em 1370, com um mosaico. Lindíssima também é a roseta
da porta principal. E, como a catedral demorou cerca de 600 anos pra ficar
pronta (por conta de guerras, desastres e pragas na região que paravam as
obras), dá pra perceber essa história nas pedras da fachada: as mais antigas
estão mais escuras e as mais recentes estão mais claras, colocadas nas
reconstruções mais atuais. Toda essa história fica bem na nossa frente!
Caminhamos pelas ruas com casinhas coloridas e medievais e fotografamos
do belíssimo belvedere em estilo renascentista. Um espetáculo!!!
Finalizamos nosso roteiro, chamado pela agência ‘Praga Santa’ na Igreja de
Nossa Senhora da Vitória que tem a imagem do Menino Jesus de Praga no bairro
Malá Strana. Essa estátua foi fabricada na Espanha no século XVI, em madeira
com 47 cm de altura, e foi trazida para Praga pela duquesa Maria Manrinquez de
Lara. Ele é muito bonitinho e é vestido como uma manifestação de veneração; tem
várias roupinhas de diferentes cores.
Cruzamos a Ponte Carlos algumas vezes. Ela atravessa o rio Vltava e liga
a Cidade Velha ao Castelo de Praga. Tem mais de 500 metros de comprimento e 10
metros de largura, é de uso exclusivo de pedestres. Na sua entrada fica a Torre
da Pólvora (torre gótica escura) que foi construída em 1475 para ser uma das 13
portas da muralha fortificada que davam acesso para a cidade; em 1571 ela foi
destruída por um incêndio e depois reconstruída, durante o século XVII, essa
torre passou a ser um armazém de pólvora. Há 30 estátuas ao longo da ponte, uma
delas é a de São João Nepomuceno, que foi jogado no rio em 1393 por ordem de
Venceslau IV; no século XVIII ele foi santificado. Diz a lenda que quem faz um
pedido colocando a mão esquerda na base da estátua em representação ao seu sacrifício,
terá o desejo realizado.
Observamos artistas de rua e vendedores de artesanatos. Mas os artistas
de rua eram diferentes dos que já vi, pois tocavam violino, contrabaixo, harpa
e flauta. Aliás, notei que a música clássica é bem popular e de fácil acesso
nessas regiões, um presente para nossos ouvidos...
Observei que a melhor maneira de conhecer Praga é caminhando, pois a
cidade é pequena e tranquila. Só pude sentir um gostinho dessa cidade medieval
tão interessante.
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