SANTANA DO PARNAÍBA, SALTO E ITU/SP - SAÍDA A CAMPO DA FACULDADE DE BIOLOGIA - ISSO É BRASIL!!!
SANTANA DO PARNAÍBA, SALTO E ITU - SÃO PAULO
SAÍDA A CAMPO DA FACULDADE DE BIOLOGIA - 1998
No primeiro semestre de 1998, fui com o pessoal da faculdade de biologia – Fundação Santo André - a uma viagem de estudos, passando por Santana do Parnaíba, Salto e Itu/São Paulo. Nosso objetivo (alunos dos primeiros anos) era passear e zoar, mas o real objetivo era coletar rochas para as aulas de geologia dos professores de geologia Murilo e Zé Luís. Eles nos ensinavam a observar a natureza e analisar o passado da Terra através das rochas.
Saímos de Santo André bem cedinho e seguimos observando algumas transformações/interferências e destruições humanas realizadas nas paisagens ao longo do caminho.
Paramos em Santana do Parnaíba para observar um trecho do Rio Tietê e coletar algumas rochas, também coletamos rochas em uma pedreira, levamos martelo para quebrar os materiais e tentávamos classificar as rochas coletadas em sedimentares, magmáticas ou metamórficas, me lembro bem disso... Também me lembro que sempre algum aluno desavisado falava um "Que pedra legal!" no meio do caminho, e os professores imediatamente gritavam: "Não é pedra, é rocha!" Eles ouviam mesmo quando conversávamos baixinho... Rsrsrs...
Visitamos, em Salto, o Parque Rocha Moutonnée, um granito róseo de cerca de 500 milhões de anos, tem esse nome por seu formato arredondado, lembrando um carneiro deitado; esse parque ecológico e geo-histórico é o primeiro do continente e foi tombado em 1990 pelo CONDEPHAAT.
Visitamos também o Parque do Varvito, em Itu, monumento geológico constituído por uma rocha sedimentar formada pela sucessão repetitiva de lâminas/camadas, cada uma delas depositada durante o intervalo de um ano; essas rochas sedimentares contêm evidências de uma extensa idade glacial há 280 milhões de anos na América do Sul. Pudemos levar um pedacinho do Varvito para casa; eu guardei o meu até hoje... Fotografamos o local, fizemos anotações para o relatório a ser entregue aos professores e retornamos para a faculdade no final da tarde.
Adorei esse lugar! Estava muito animada com o curso, estava estudando algo que gostava muito e isso facilitava, pois as disciplinas não eram fáceis... Saídas a campo são muito comuns no trabalho do biólogo e essa foi fundamental para fixar nas nossas mentes algumas diferenças entre rochas (que jamais esqueci).
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19 anos
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