OITO MULHERES EM QUITO/EQUADOR



QUITO - COMO ME SENTI NA METADE DO MUNDO...

JANEIRO/2020




     Como disse no artigo de Galápagos, encontrei passagens para Quito por 1600 reais pela Avianca. Rapidamente compartilhei pelo Whatszapp com minhas amigas Aventureiras (temos uma página no Facebook: @momentosdasAventureiras: https://www.facebook.com/momentosdasAventureiras/?modal=admin_todo_tour)
     Elas são determinadas! Logo reunimos oito mulheres para esse destino, novo para todas. Para não levarmos muito dinheiro em espécie nem pagarmos altas taxas de cartão, optamos por comprar alguns passeios pelo Brasil, assim poderíamos pagar em várias vezes. Compramos esses passeios pelo site da Gray Line por 630 reais: “Lendas urbanas de Quito à noite” + “Excursão aos vulcões Cotopaxi e Quilotoa” + “Excursão à autêntica metade do mundo” + “Tour mercado de Otavalo, Cotacachi e Cuicocha” + “City tour original de Quito em trolley”. O valor para cada pessoa foi 3200 reais, incluindo: vôo São Paulo/Quito/São Paulo + 8 diárias em hotel em Quito sem café da manhã + seguro viagem.
     Como das oito apenas nós quatro (eu, Edna, Lourdes e Regina) seguiriamos para Galápagos, embarcamos mais cedo, às 6h do dia 7 de janeiro de 2020. O vôo teve uma escala em Lima. Chegamos em Quito às 13h e a Natália nos levou ao hotel (Natália trabalha com passeios, faz transfer e é guia. Uma amiga que passou alguns dias em Quito me passou o seu contato. Ela realmente é muito competente).



EMBARQUE EM GUARULHOS/SP

CHEGADA EM QUITO/EQUADOR COM NATÁLIA


     Quando chegamos ao Hotel La Cibeles (Isla Floreana E5-43), descobrimos que nosso voucher estava errado, lá constava café da manhã incluído, mas não estava... Conversamos com o dono do hotel, mas não teve jeito. Conversamos com a agência que nos vendeu o pacote, mas houve uma informação desencontrada: a agência intermediária confirma o café da manhã incluído pra agência que nos vendeu o pacote (CVC), mas o hotel não confirma o café, pois é opcional. Então, sempre têm esse problema. Não fomos as primeiras... Resultado, pagamos o café da manhã e a CVC ficou de nos reembolsar.

HOTEL LA CIBELES


     Quito situa-se ao norte do Equador na bacia do rio Guayllabamba nas inclinações orientais do vulcão ativo Pichincha (4.794 metros), na Cordilheira dos Andes. A Praça da Independência situa-se a 2.850 metros acima do nível do mar. Quito é a segunda cidade capital mais elevada do mundo depois de La Paz, na Bolívia.
     Quito situa-se aproximadamente 35 km ao sul da linha do Equador. Um monumento marca o local como La Mitad del Mundo. Devido à altitude e localização da cidade, o clima em Quito é razoavelmente constante, com uma temperatura máxima tipicamente ao redor dos 21°C em qualquer dia do ano. Há somente duas estações em Quito, o verão (a estação seca) e o inverno (a estação chuvosa).
     A paisagem vulcânica de Quito é a moldura de uma cidade que se desenvolveu ao longo da história entre os gigantes dos Andes. Quito está rodeada de ondulações, magníficos vulcões e nevados cuja altura aproximada é de 5.000 metros sobre o nível do mar.
     Desde o ano 2000, o Equador assumiu o dólar americano como moeda corrente devido à grande crise político-econômica enfrentada no final da década de 90 (e que acarretou em uma recessão profunda, com grande inflação e desvalorização do Sucre, a antiga moeda equatoriana). Acho triste um país não ter sua própria moeda, mas ao que tudo indica, para a qualidade de vida da população foi melhor assim.

BANDEIRA DO EQUADOR


     O Equador é o único país no mundo que tem uma constituição que reconhece os direitos da natureza. A proteção da biodiversidade do país é uma prioridade nacional explícita no Plano Nacional do Bom-Viver, Objetivo 4, "Garantir os direitos da natureza", Política 1: "conservar e gerir sustentavelmente o patrimônio natural, incluindo a biodiversidade terrestre e marinha, que é considerada um setor estratégico". Um exemplo a ser seguido pelo Brasil, não é mesmo?

GRANADILLA

     Tremores são comuns no Equador, por estar localizado próximo à junção das placas tectônicas Sul-Americana e de Nazca, parte do Círculo de Fogo do Pacífico. Durante nossa permanência em Quito, algumas vezes à noite, enquanto estava deitada, percebia algumas vibrações estranhas. Os guias diziam que praticamente todos os dias acontecem tremores, porém, de baixa intensidade. Muito interessante...


TOMATE DE ARBOL

     Inicialmente, investimos alguns dólares numa corrida de táxi até a Praça da Independência, o coração da cidade. Caminhamos pelo local, muito bem conservado, como merece ser um Patrimônio Cultural da Humanidade. Passamos pela Catedral Metropolitana de Quito (considerada a mais antiga da América do Sul, onde está o mausoléu com os restos mortais do marechal Antonio José de Sucre, um herói da independência equatoriana), pelo Palácio Arcebispal, o Palácio Municipal e pelo Monumento da Independência, estrutura composta por um leão ferido, um condor (ave símbolo dos países andinos) e a deusa romana Libertas. Visitamos o Centro Cultural Metropolitano, com uma arquitetura muito interessante, contemplamos o interior da Paróquia El Sagrario e almoçamos uma comidinha saborosa no centro histórico.



CENTRO CULTURAL METROPOLITANO












EM SENTIDO HORÁRIO DA PAREDE: REGINA, EU, LOURDES, EDNA, RITA, ANA MARIA, ILMA E ANA PAULA

NOSSO PRIMEIRO ALMOÇO JUNTAS


ESSE DOCE ESTAVA UM POUCO CONGELADO... RSRSRS...

     À noite, seguimos ao ponto de encontro de saída dos passeios da Grey Line: o Hotel Sheraton, caminhamos por cerca de dez minutos do nosso hotel ao Sheraton. Uma boa caminhada no início e no final de cada dia. O guia que nos acompanhou no passeio “Lendas Urbanas de Quito” tentava atender a todos falando em espanhol e inglês, algumas vezes emendando uma frase na outra, bem confuso; mas esforçado. Ele nos guiou pela Praça da Independência, apresentando pontos turísticos e contando suas lendas que envolviam pessoas importantes, líderes religiosos, sempre relacionadas a bebedeiras, rebeldias ou assombrações. Em frente à Praça de São Francisco soubemos mais da história da Igreja de São Francisco, uma das mais antigas da cidade acoplada a um mosteiro. Também admiramos a Basílica do Voto Nacional, belíssima construção durante a noite. Voltamos lá num outro dia, pois vale muito a visita.


NOSSO PONTO DE ENCONTRO: HOTEL SHERATON

TROLLEY









CAFEZINHO ÓTIMO EM QUITO

     Finalizamos o passeio noturno no Panecillo, localizado na colina que divide o centro e o sul de Quito. Um mirante muito bacana, do alto de seus 3.035 metros pode-se observar toda a capital. O nome Panecillo foi dado pelos espanhóis no começo do século XVI, antes já foi chamado Yavirac (fonte de água) e Shungoloma, pelos incas. Lá está a escultura da Virgem Alada de Quito, feita por Agustín de la Herrán Matorras, com 45 metros de altura e inaugurado em 1975. Fazia muito frio lá em cima e por isso finalizamos o passeio experimentando o Canelazo, bebida quente condimentada, típica das áreas altas do Equador. A bebida é feita com água fervida com canela e açúcar, misturada com a punta ou aguardente e naranjilla, fruta cítrica típica. E aquece mesmo, além de ser gostosa. Eu e Ana Paula viramos fãs do canelazo!


VISTA DO PANECILLO


CANELAZO NAS VERSÕES ALCOÓLICA E NÃO-ALCOÓLICA





     Saímos um pouquinho de Quito para visitarmos o vulcão Cotopaxi, um dos mais altos do mundo com 5.911 metros, localizado a 75 km ao sul de Quito, desde 1738 já teve mais de 50 erupções. É um vulcão ativo e por isso monitorado 24h por equipamentos que detectam a possibilidade de uma erupção. Tudo é estudado no vulcão, desde a dinâmica da erupção até o movimento de lama induzida por ele lahars – avalanche. Entre 2015 e 2016 o Cotopaxi emitiu infrassons, demonstrando que está em atividade.


DA ESQ. ILMA, EU, EDNA, RITA, ANA MARIA, ANA PAULA E REGINA








     Nos encontramos com o grupo da excursão às 6h30 e seguimos em direção ao belíssimo vulcão, um passeio diferente para todas nós. Devido à altitude, tomamos um chá de coca ao iniciarmos a subida. Nos agasalhamos bem devido ao frio e forte vento da região. Seguindo pela estrada Panamericana, a mais longa do mundo, entramos no Parque Nacional Cotopaxi e caminhamos por uma estrada para contemplar o gigante de longe. Sim, a falta de ar é perceptível, pois nos cansamos rapidamente na caminhada.  O topo do Cotopaxi estava nublado, o que é comum, segundo o guia, por isso, ele fez uma espécie de ritual em quéchua e nos explicou que estava pedindo licença para o vulcão, que deve ser respeitado. Achei bonito. Eu sabia que nesse passeio só contemplaria o vulcão, mas me deu uma vontade de subir um pouquinho... Quem sabe numa próxima visita?


TOMANDO CHÁ DE COCA








O VULCÃO COTOPAXI












     Também caminhamos ao redor da laguna, com sua paisagem típica. Muito vento, muito frio, mas com uma visão linda! Essa válvula gigante (vulcão) dessa panela de pressão natural (a terra) é impressionante e tem um histórico de erupções violentas. A sua erupção é capaz de projetar detritos ou lava por centenas de metros, como em 1877 quando o fluxo vulcânico – lahars – percorreu mais de 100 km, chegando até as águas do Oceano Pacífico e do rio Amazonas. Dá certa emoção em saber que ele pode entrar em erupção a qualquer momento... Aproveitamos para carimbar nossos passaportes no Centro de Visitantes.





     Depois, seguimos por cerca de 1h30 em uma estrada bastante sinuosa até Quilotoa, na Reserva Ecológica Los Ilinizas. Lá, subimos até o mirante e observamos a laguna Quilotoa, maravilhosa caldeira de 3 km de extensão cheia de água azul esverdeada, formada depois do colapso do vulcão após uma erupção catastrófica seguida do depósito de água. Destruição que gerou uma beleza imensa! Ainda são encontradas fumarolas no fundo do lago e algumas fontes termais em uma das laterais, que podem evidenciar sua atividade. Nós, as Anas, descemos um pouco pela trilha em direção ao fundo – superfície da cratera (3500 m de altitude), mas retornamos do meio da trilha, pois a subida seria difícil devido à falta de ar... Devemos respeitar os limites do nosso corpo, principalmente em altas altitudes e em outro país... Almoçamos na vila Quilotoa uma comidinha muito boa por 5 dólares e compramos algumas roupas de lã.




LAGUNA QUILOTOA

SEMPRE ENCONTRO UM CACHORRINHO CAMARADA...




ALMOÇO TÍPICO EM QUILOTOA








     Ao retornarmos para Quito, visitamos o Canyon do Rio Toachi, mais uma paisagem belíssima. O Equador está me surpreendendo com suas belezas...





     Em Quito, visitamos a Cidade Metade do Mundo, latitude 0°0’0”, que pertence à província de Pichincha. O local é sede do Museu Etnográfico Mitad del Mundo, com acervo e rica pesquisa sobre a população indígena equatoriana, num monumento de 30 metros de altura, que marca o ponto onde se acreditava ser a metade do mundo, bem onde a linha do Equador passa. Do alto do monumento a vista é bem interessante, dos dois hemisférios norte e sul. Mesmo sabendo que ali não é a verdadeira latitude 0°0’0”, (pois a verdadeira linha do Equador está a 300 metros ao sul, no Museu Intiñan, perto dali) é muito divertido caminhar sobre a linha simbólica, tirar fotos com um pé cá outro lá... Enfim, “modelamos” até cansar na “metade do mundo” e também carimbamos nossos passaportes.






AS OITO, DA ESQ. LOURDES, ILMA, REGINA, EU, PAULINHA, ANA, EDNA E RITA






     Adoro experimentar comidinhas e doces diferentes, por isso experimentei a humita, que se parece com uma pamonha, feita com milho e um pouco de queijo no recheio; e também provei o quimbolito, uma versão doce parecida com um bolo de milho bem fofinho e molhadinho cozido no vapor. Ambos são bons, mas enormes, melhor dividir com uma amiga.




QUIMBOLITO

HUMITO

     Visitamos o mercado de Otavalo, famoso por seus tecidos de lã, cobertores artesanais, toalhas, ponchos lindíssimos. Durante o trajeto, duas irmãs nascidas no povoado, nos acompanharam, cantando, explicando seus costumes e vendendo artesanato e tecidos, eu comprei uma pulseira vermelha de miçangas, um adorno usado por todas as mulheres de Otavalo. Elas também usam blusas brancas bordadas com mangas de renda e saias pretas, cabelos compridos amarrados pra trás com uma faixa de tecido multicolorido que combina com a faixa da cintura. Achei o mercado interessante, com bons preços e uma diversidade gigante de produtos à venda: roupas, joias, instrumentos musicais, filtros de sonhos, artigos de couro, bandejas, objetos indígenas, especiarias, alimentos crus, carretéis de lã e até cabeças encolhidas (retira-se o crânio da cabeça e a embalsama, algo estranho... Mas a cultura local deve ser respeitada). Enfim, o mercado é rico culturalmente, vale a pena a visita. Comprei um poncho lindo, touca e brincos feitos pelo dono da barraca.



ALPACA

LLAMA










MULHERES DE OTAVALO COM TRAJES TÍPICOS



MERCADO DE OTAVALO

     Almoçamos em Cotacachi em um restaurante decorado com muitas flores naturais (até no banheiro tinha um arranjo lindo) e comprei alguns cintos e bolsas de couro por um ótimo preço.










     Em seguida, visitamos a Laguna Cuicocha, uma cratera de 3 km de largura ao pé do vulcão Cotacachi. Essa caldeira foi criada por uma erupção vulcânica há cerca de 3100 anos, desde então o vulcão está inativo. O lago maravilhoso tem o máximo de 200 m de profundidade e pertence a Reserva Ecológica de Cotacachi-Cayapas. Caminhamos pela trilha ao redor da lagoa e a cada passo a vista era diferente e realmente incrível.










     Na rua do nosso hotel havia uma lanchonete com empanadas muito boas, experimentei alguns recheios, aqui elas são fritas por isso é bom não exagerar.



EMPANADAS EQUATORIANAS

     Em Quito, visitamos com um guia bem informado, a Basílica do Voto Nacional, que pode ser vista de vários pontos da cidade. A construção majestosa em estilo gótico é a maior do gênero na América Latina e lindíssima, mesmo inacabada, e, segundo nosso guia, a lenda local diz que quando a basílica ficar totalmente pronta o mundo acabará. Calma, não precisa terminar a igreja, não... Esse mundo é muito lindo e eu preciso conhecer mais um pouquinho...
     Outro passeio nos espera lá dentro, a janela de rosa de vitrais é bela vista de dentro, subimos uma passarela de madeira para chegarmos ao telhado e depois subimos uma escadinha bem íngreme para chegarmos à torre do relógio, a 117 metros de altura, com muito vento e frio na barriga. Dentro da igreja observa-se que está em reforma... Nosso guia se empolgou e tirou várias selfies com nosso grupo. Ao sairmos da basílica, observamos que as gárgulas - estruturas que servem para escoar a água da chuva - são feitas com imagens de animais da fauna equatoriana, como tartarugas, iguanas, tatus, golfinhos.


















     Subimos ao Panecillo durante o dia para termos uma vista da cidade em dois momentos. Mirantes são excelentes, gosto muito deles... Gosto de altura... Nessa visita provei a COLADA MORADA, uma bebida muito gostosa feita de milho roxo, naranjilla, diversos tipos de frutas fervidos em etapas que totalizam cerca de uma hora. Também provei o MOROCHO, doce que parece uma canjica, com pequenas frutinhas pretas parecidas com uva passa. Esses são os concorrentes com o canelazo, em minha preferência.


CERVEJEIRO


MIX DE DOCES TÍPICOS


EMPANADAS E MILHO ROXO






BRINDANDO COM COLADA MORADA

     Apreciamos muito o Canelazo - o 'quentão' equatoriano, então saímos uma noite para apreciar outra receita. Dessa vez, fomos a um karokê.




     Aproveitamos para visitar o Teleférico de Quito, um dos passeios imperdíveis da cidade. Observamos a paisagem da cidade no meio dos Andes durante o percurso de 2,5 km da base ao topo, localizado a 4.053 metros. São cerca de 15 minutos de subida muito segura na cabine fechada com vidros. Lá no alto, pode-se observar outros vulcões dos arredores, como o Cotopaxi, Antisana e Cayambe. Tomamos um café para esquentar pois lá em cima é muito frio mesmo. Depois apreciamos um músico tocando instrumentos típicos, a melodia combinava com a paisagem, muito bom... Caminhamos pela trilha do Pichincha, por uma parte do caminho, mas não fizemos todo o percurso, pois sofremos com a altitude (mais uma vez, respeitando os limites do corpo humano...). Nos contentamos em nos balançar no ‘Columpio nas Nuvens’ no alto da montanha, um balanço, brinquedo banal, mas que do alto do Pichincha se torna um pequeno desafio. A paisagem seca, fria e inóspita é diferente de tudo que já vi. Valeu a pena ter vindo até aqui. O Equador é realmente uma beleza!




























EXAUSTAS... NÃO DÁ PRA BRINCAR COM A ALTITUDE...




     Visitamos o Centro Artesanal - Mercado do bairro Mariscal, badalado, requintado, elegante e agitado. Comprei algumas bijuterias de sementes conhecidas como bio joias; adoro esse tipo de artesanato, são autênticos. Também tomamos um cafezinho no bairro.










     Provamos o CEVICHE, um prato da culinária peruana, mas muito comum no Equador, feito com peixe cru marinado em suco de limão ou outro líquido cítrico; o ideal é usar um peixe de carne branca e firme ou camarão, lagosta e polvo. Para o tempero, utiliza-se cebola, tomate, coentro, sal, pimenta e óleo. O prato é saboroso, gostei muito da combinação com arroz branco. Também provamos o ENCEBOLADO, um ensopado à base de peixe, engrossado com mandioca e bem temperado; achei delicioso e nutritivo. Outro alimento que gostei foi o LOCRO DE PAPAS, feito com batatas e queijo.



CEVICHE

ENCEBOLLADO




     Contratamos a Natália, do transfer do aeroporto, para fazermos um passeio pelo vulcão Pululahua, localizado na Reserva Geobotânica Pululahua. A cratera do vulcão é uma das únicas habitadas no mundo e a única que tem cultivo de produtos agrícolas usados para sustentar a população local e para vendas, já que o solo é muito fértil. Desci com as Anas até certo trecho da trilha que leva ao povoado, resolvemos não descer todo o percurso pois sofreríamos muito com a altitude para subir. Mas conseguimos algumas fotos bonitas.


















SOFREMOS "UM POUCO" PRA SUBIR...


     Visitamos a verdadeira metade do mundo, onde realmente passa a linha do Equador, o Museu Intiñan, o correto Centro Geodésico da Terra, já conhecido pelos antigos indígenas, que comemoravam os equinócios e solstícios. O guia demonstrou a caída de água nos dois hemisférios e na linha do Equador, onde pudemos observar a diferença de direção da água (publiquei um vídeo da experiência aqui no blog). Também colocamos o ovo em pé sobre um prego, experiência do local. O guia nos informou que na linha do Equador pesamos mais ou menos um quilo a menos do que em outras partes do mundo. Hummm...
     Vale lembrar que no Museu Itiñan também havia uma cabeça encolhida, e o guia fez questão de explicar que os responsáveis pela técnica são os povos Jivaro, que vivem na floresta Amazônica do Equador. Eles cozinhavam as cabeças por determinado período até chegarem a um certo “ponto ideal”. Essas pessoas acreditavam que existia um espírito vingativo que habitava o corpo humano – Muisak – então, os inimigos mortos em batalha deviam ter a cabeça decepada e transformada em Tsantsas (a tal cabeça encolhida) para bloquear os poderes do  espírito. Também acreditavam que estavam honrando seus antepassados mantendo a obrigação de se vingar com sangue... E chegavam a carregar no pescoço ou em cajados as cabeças encolhidas de seus inimigos assassinados. Nossa!!! Essas tsantsas não eram mantidas por muito tempo, após as celebrações finais eram descartadas, como alimento para animais ou como “brinquedo” para as crianças... Em certa época, os turistas começaram a comprar essas cabeças como “lembrancinha”. Isso elevou o número de assassinatos, então o governo proibiu e decretou ilegal a venda de cabeças encolhidas. Acredita-se que não sejam mais feitas cabeças autênticas... As de Otavalo seriam falsas, então...





CUY - PORQUINHO DA ÍNDIA





CABEÇA ENCOLHIDA







     Em nossa última noite em Quito (pois íamos para Galápagos no dia seguinte) fizemos a Confraternização das Aventureiras no hotel. Sempre fazemos um lanche coletivo ou pic nic no quarto, pode ser no fim da viagem ou antes de irmos embora de cada cidade visitada, mas dessa vez caprichamos. Compramos bolo confeitado e pedimos emprestada a área de café da manhã para fazermos nossa festa. Pedi para o dono do hotel, com meu espanhol meio esquecido, talvez ele tenha concordado em emprestar o local por não ter me entendido direito... Mas emprestou e até participou da nossa confraternização. Adorei! Teve até foto das Aventureiras.



DA ESQ. EDNA, RITA, ILMA, ANA PAULA, EU, ANA MARIA, REGINA E LOURDES


CONFRATERNIZAÇÃO DAS AVENTUREIRAS

     No dia seguinte, 15 de janeiro, seguimos, eu, Edna, Lourdes e Regina para Galápagos; enquanto as meninas ficaram mais um pouco em Quito, e visitaram o Museu Templo do Sol Pintor Ortega Maila, um ponto turístico que mescla o culto ao sol e a cultura ancestral. Achei as fotos muito legais. Elas também visitaram o Museu e Convento de São Francisco, local que merece uma visita.


MUSEU TEMPLO DO SOL PINTOR ORTEGA MAILA








MUSEU E CONVENTO DE SÃO FRANCISCO


QUITO NOS SURPREENDEU COM SUAS BELEZAS! É UM ROTEIRO RIQUÍSSIMO E MERECE UMA VISITA ATENCIOSA!!!
VISITE QUITO! VISITE O EQUADOR!

Roteiro resumido Quito e Galápagos no artigo:

Comentários

  1. Obá, Ana Luiza, que passeio maravilhoso! Eu vou um dia, com a graça de Deus, conhecer Quito, Equador e suas maravilhas!

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