CHAPADA DAS MESAS - UM TESOURO BRASILEIRO NO MARANHÃO
FIM DE SEMANA NA CHAPADA DAS MESAS/MARANHÃO
Outubro - Novembro/2020
NESSA CHAPADA POUCO CONHECIDA SE ESCONDEM MUITAS BELEZAS...
O Parque Nacional da Chapada das Mesas é uma unidade de conservação no
meio do cerrado nordestino, abrange os municípios de Carolina, Riachão e
Estreito (centro-sul do Maranhão). O nome se origina nos seus platôs, que
lembram o formato de mesas, em rochas de arenito, formadas há milhões de anos.
Combinei com a Liliane e o Luquinhas de fazermos esse passeio no feriado
de 9 de julho. Fechamos um pacote com a Ecotrips, agência paulistana com foco
em viagens de natureza, no início de fevereiro. Daí, veio a pandemia de
Covid-19 e nosso passeio foi adiado pro feriado de 2 de novembro, com esperanças
de que a pandemia estivesse mais controlada...
Nossa expectativa crescia a cada mês em que a quarentena se estendia e o
vírus não ia embora... Enfim, chegou outubro e a viagem foi confirmada! Ainda
com receio e seguindo todos os protocolos sanitários, aguardamos o grande dia!
A LATAM alterou nosso vôo de volta, na verdade antecipou... E a agência fez
alguns arranjos no roteiro, pois perderíamos praticamente um dia de passeio,
afinal, todos estávamos desesperados para viajar e não queríamos adiar
novamente esse projeto.
Então, embarcamos dia 30 de outubro em Guarulhos, às 23h no vôo LATAM
3335. A Stella foi no lugar do Luquinhas para dividir o quarto comigo e com
Liliane. Chegamos em Imperatriz/Maranhão, por volta das 2 h da madrugada e já pegamos
nosso ônibus para Carolina (viajamos em número reduzido e cada um ficou com
duas poltronas pra podermos esticar as pernas, uma beleza...)
Após os 220 km de distância, chegamos em Carolina/Maranhão, deixamos as
bagagens no quarto do Novo Hotel Carolina (Av. Elias Barros, 2472) e seguimos
pra nosso primeiro dia de passeio.
Neste primeiro dia, visitamos o Encanto Azul, em Riachão, um lago de
água azulada e cristalina que se forma de uma nascente no meio do Cerradão,
área de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica. Esse espetáculo fica
escondido em um pequeno vale. Do estacionamento e portaria, descemos uma
escadaria de uns 150 degraus (que desci e subi duas vezes porque esqueci meu
short no meio das rochas do lago e tive que voltar pra buscar). Nadei no lago
com meus óculos de natação pra tentar ver o fundo, muito transparente... Parece
raso, mas em alguns trechos tem uns sete metros. As meninas e eu achamos
prudente usar uns flutuadores pra nadar. Aos poucos o local foi ficando cheio...
Fiquei preocupada, pois percebi que não havia controle de número de visitantes,
bem no meio da pandemia.
ENCANTO AZUL
Por volta das 11h seguimos pro Complexo Turístico do Poço Azul, onde
almoçamos no restaurante, que estava lotado. À tarde, nosso grupo ficou livre
pra caminhar por todas as atrações do complexo. Caminhei com as meninas pela
Cachoeira Santa Paula, com uma queda d’água média e muito bonita, com um
pocinho bem bacana. Passamos pela Cachoeira do Moreno, bem modesta, e chegamos
a imponente Cachoeira Santa Bárbara, com 76 metros de queda majestosa. A queda
estava bem forte devido às chuvas. Uma força total! As águas ao redor da queda
estavam barrentas e agitadas. Se chega nesse local percorrendo uma trilha
suspensa em madeira. Aproveitei para fotografar a Gruta de Santa Bárbara, uma
gigante concavidade na rocha, com uma imagem de Santa Bárbara lá dentro.
Contemplei as formações e relaxei lá dentro, já que minhas companheiras
gostavam de tirar muitas fotos. Rsrsrs...
COMPLEXO DO POÇO AZUL
À noite, seguimos no ônibus até o centrinho de Carolina e comemos um
crepe delicioso, todo o grupo reunido, diferente. Gostei! O guia Robson nos
acompanhou até nesse momento. Achei ótimo, o grupo era na verdade um grupo de
amigos. Bacana! Conversamos muito enquanto jantamos os crepes. Descobri que
algumas pessoas viajam sozinhas, dividem o quarto com desconhecidos, e fazem
amizade. A agência possibilita esses encontros e garante economia na hospedagem
para os turistas que viajam sem companhias. Havia gente mais jovem, de trinta e
tantos, passando pela minha geração, até seus cinquenta. Uma galera do bem,
muito positiva e animada. Eu adorei esse grupo!!!
No dia seguinte, em um veículo 4X4, seguimos por cerca de 30 km até o Parque Nacional da Chapada das Mesas.
Percorremos uma trilha sob o sol (sorte que o dia estava nublado) e atravessamos o rio com uma corda até a Cachoeira do Prata, uma linda e poderosa queda d’água com uns 26 metros de altura. Devido à força das águas e a profundidade do poço, não nadei no local, ainda bem que entramos na água pra atravessar o rio. De lá, seguimos pro nosso almoço.
Depois, chegamos na Cachoeira de São Romão, o cartão postal desta
Chapada. Essa é a maior queda d’água em volume do Rio Farinha, um afluente do
Rio Tocantins, e abriga a espécie nativa de andoriões do cerrado. Sua queda tem
cerca de 35 metros de muita força. Caminhamos pela trilha e entramos debaixo da
queda d’água, onde tive uma das sensações mais aventureiras de minha vida... A
pressão da água é enorme, o vento, uma emoção ficar ali debaixo da queda (não
ficamos diretamente embaixo da queda, mas sim atrás dela, o paredão da
cachoeira forma um espaço entre a queda e a parede rochosa, e é aí que você
pode ficar, meditar, fotografar e sentir todo o encantamento da natureza.
Terminamos a tarde na prainha em frente à cachoeira, eu aproveitei pra
remar um pouco em uma canoa com uma colega do grupo. Usamos coletes e remamos
até bem próximo à queda. Foi muito divertido!
À noite, retornamos ao centrinho para comer o crepe gostoso, depois,
assistimos um show ao vivo com uma banda regional na praça de Carolina. Nosso
grupo chamou a atenção com tanta alegria, dançando e aplaudindo os músicos.
Pessoal animado!!!
Dia 02, bem cedinho, tomamos café da manhã e nos despedimos do hotel.
Seguimos para Imperatriz, passando pelo Portal da Chapada. Caminhamos sob a
chuva refrescante até o alto do morro com a “pedra furada”, outro cartão postal
do local. A chuva ajudou na caminhada, imagino subir aquela trilha sob o sol do
meio dia... Kkk... Ao descermos de volta ao nosso ônibus, a chuva parou... Mas
na estrada, ela veio com força total. Que chuvarada!!!
Paramos para almoçar em Imperatriz e chegamos ao aeroporto. Tivemos
tempo pra trocar de roupa (da trilha) e aguardar nosso vôo; embarcamos no vôo
LATAM 3010 às 16h10, com escala em Brasília. No aeroporto de Brasília, jantamos
e tomamos um cafezinho na Havanna, aproveitei pra trazer alguns alfajores pra
casa... Embarcamos pra Guarulhos no vôo LATAM 3263, às 19h50. Chegamos em São
Paulo por volta das 22h. A passagem por
Imperatriz e Carolina foi muito rápida, apenas deu vontade de retornar em outra
ocasião. Embora desconhecida da maioria das pessoas, havia muita gente na
Chapada, pude observar que a maioria era de São Luís, capital do Maranhão.
Todos aproveitando a flexibilização das medidas sanitárias para entrar em
contato com a natureza. Os maranhenses já descobriram os encantos de sua
Chapada, resta aos outros brasileiros descobrirem esse paraíso também.
INVESTIMENTO:
PACOTE COM VÔOS SP/IMPERATRIZ/SP +
HOSPEDAGEM EM POUSADA + TRANSFER AEROPORTO/POUSADA/AEROPORTO E PARA TODOS OS
PASSEIOS + GUIA ACOMPANHANTE + SEGURO VIAGEM = R$ 1.915,00
INGRESSOS: ENCANTO AZUL = R$ 30,00;
POÇO AZUL = R$ 60,00; CACHOEIRA DA PRATA = R$ 30,00; CACHOEIRA DA SÃO ROMÃO =
R$ 30,00; PORTAL DA CHAPADA = R$ 10,00
41 anos
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