PRIMEIRA TENTATIVA DE CHEGADA AO CUME DO AGULHAS NEGRAS - PARQUE NACIONAL DE ITATIAIA
PARQUE NACIONAL DE ITATIAIA - TENTANDO CHEGAR AO CUME DO AGULHAS NEGRASABRIL/2021
AINDA LONGE DO CUME...
No final de semana de 16 a 18 de abril de 2021 fui com a excursão privativa do Robson e da Tita ao Parque Nacional do Itatiaia, nossa missão: chegar ao cume do Agulhas Negras. Nosso grupo era pequeno: apenas eu, Stella, Liliane e Egídio, liderados por Robson e Ítala. Paguei R$ 864,00 pelo passeio, incluindo transporte ida e volta Jabaquara - Itatiaia, duas diárias no hostel familiar em Engenheiro Passos com café da manhã, ingressos e guiamento no parque.
Saímos do Jabaquara às 19 horas do dia 16 e viajamos por boa parte da noite até o Hostel Familiar em Engenheiro Passos, que seria nosso ponto de apoio nesse passeio aventura.
O Parque Nacional do Itatiaia foi criado em 1937 e é considerado o Primeiro Parque Nacional do Brasil. Está localizado na Serra da Mantiqueira, nos municípios cariocas de Itatiaia e Resende, além de Bocaina de Minas e Itamonte, cidades mineiras. O ponto mais alto do parque é o Pico das Agulhas Negras, com 2791 metros de altitude. O parque possui nascentes de 12 bacias hidrográficas regionais importantes, responsáveis por drenar a água para duas bacias: a do Rio Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro; e a do Rio Grande, afluente do Rio Paraná.
Na parte baixa do parque é possível visualizar uma vegetação impressionante, composta por cursos d'água e uma séria de poços refrescantes. Os destaques são as belíssimas Cachoeira do Itaporani e Véu de Noiva.
Dia 17 saímos do hostel de madrugada e seguimos até a Parte Alta do parque, na portaria. Fizemos um passeio de preparação para o cume. O guia estava sentindo como estava nosso preparo físico... Esse passeio foi a trilha até a Pedra Furada, um percurso de cerca de 5 km com subidas e muito vento frio. Um teste de resistência. A vista do alto é lindíssima!
Também visitamos algumas quedas d'água da Parte Baixa do parque: Cachoeira do Itaporani e Véu de Noiva. Avistamos a paisagem incrível do Mirante do Último Adeus.
Pernoitamos novamente no hostel, acordamos na madrugada no dia 18 e seguimos novamente para a Parte Alta do parque para tentarmos chegar ao tão sonhado cume. Passamos pelo Abrigo Rebouças e seguimos na trilha até a base do Agulhas Negras, maravilhoso! Confesso que fiquei impressionada com o tamanho daquela montanha bem na minha frente.
Caminhamos, subimos, escalaminhamos... Ameaçou chover... Garoou... O terreno estava muito escorregadio (e acho também que os guias não confiaram no nosso preparo físico... Rsrsrs...) Realmente, havia uma névoa intensa no cume, não dava pra ver nada à frente... Resultado: a missão foi abortada pra segurança de todos!
Descemos todo o caminho de volta cansados e chateados... De verdade, a descida foi muito mais difícil do que a subida, a força exigida das pernas é imensa, em alguns trechos precisamos descer agachados nas frestas da rocha... Sempre dava a impressão que iriamos escorregar e cair direto nas pedras... Aventura excelente! Adrenalina total! Concluímos a descida com um pequeno rapel num dos trechos mais íngremes. Mesmo não chegando ao cume, valeu a emoção. O Agulhas Negras não é brincadeira!
Até pensei em dizer que cheguei ao cume, ou pertinho dele, mas segundo nosso guia: "Um montanhista de verdade nunca mente dizendo que chegou a um cume sem ter chegado." Enfim, a montanha nos venceu (dessa vez)!
O pico das Agulhas Negras é considerado o 5° pico mais alto do Brasil. A origem do nome vem das canaletas formadas a partir de atividades vulcânicas que, de longe, lembram agulhas.
Visitamos a Cachoeira da Flores numa tentativa de consolar nosso ego por não termos chegado ao cume... E acreditem: faltou muito pro cume! Molhei somente os pés naquela água geladíssima e consegui relaxar um pouco. Esse passeio foi tenso!
Retornamos para São Paulo no final da tarde de domingo. Paramos na estrada para um pastel e um cafezinho. Essa aventura foi uma aprendizagem e nos deu um gás para retornarmos ao Agulhas!
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